Fique por dentro: os fatores que influenciam no custo do frete do transporte de cargas

28 de agosto de 2023

O transporte de cargas no Brasil, tem boa parte de suas demandas atendidas pelo modal rodoviário, o qual movimenta dois terços de toda carga do país. Com isso, o custo do frete neste tipo de operação é uma despesa considerável e que usualmente não possui um valor predeterminado.

Por essa razão, mensurar o preço do frete adequadamente é de suma importância para que as empresas tomem decisões assertivas, pois ao calcular de modo inadequado, haverá risco de prejuízos financeiros, tais como perda de vendas por causa da desistência dos clientes devido o custo elevado do frete.

Neste contexto, há diversos aspectos que abrangem essa base de cálculo, uma vez que para definir o custo do frete é necessário incluir alguns pontos importantes que interferem no preço final da operação.

Dessa forma, para compreendermos melhor sobre este assunto, a seguir, explicaremos quais são os fatores que influenciam no custo do frete do transporte de cargas. Confira e fique por dentro!

Distância percorrida

Primeiramente, é analisada a distância percorrida entre o ponto de origem e o ponto de destino, a fim de estabelecer valores cobrados por uma transportadora. Dado que, quanto maior for a quilometragem, maior serão as despesas com gastos, como combustível, manutenção e na conservação do veículo, isso significa que interfere diretamente no preço do frete. Além do que, vale ressaltar que este é o primeiro ponto de referência na execução do serviço do frete e, ainda, define a maioria dos custos.

Cubagem e peso

A cubagem refere-se basicamente ao tamanho do que será transportado, ou seja, o espaço que a mercadoria ocupará dentro do veículo. Logo, quando se trata de uma mercadoria volumosa, certamente há mais custos do que uma menos volumosa. Diante disso, algumas transportadoras cobram o frete por quilo movimentado.

Entretanto, existe a possibilidade de que o valor seja cobrado por meio de uma comparação entre dois fatores: o peso bruto e o cubado, que nada mais é que a multiplicação das dimensões da embalagem por um fator determinado, sendo que é utilizado o maior deles para fazer o cálculo.

Posto isso, percebe-se que há uma cobrança mais justa, pois mesmo que a mercadoria seja mais leve, mas ocupa muito espaço, impedirá que mais produtos sejam inseridos na carga.

Valor da nota fiscal das mercadorias

O valor da nota fiscal é outro fator crucial na definição do valor do frete. A partir disso, sabe-se quanto custa cada mercadoria, sendo uma forma de administrar os riscos do transporte, ainda mais que é necessário a realização de um seguro de cargas.

Contudo, o preço final é baseado somente na taxa percentual da nota fiscal, dado que, algumas taxas também são calculadas a partir do preço da mercadoria, como taxas de gerenciamento de risco e do próprio seguro.

Características das mercadorias

Geralmente, cada mercadoria possui características específicas e, por isso, requer manuseio e cuidados diferenciados. Sendo assim, quando há necessidade de cuidados especiais, o valor do frete também aumenta.

Só para exemplificar, produtos perecíveis carecem de transporte ágil, de embalagens térmicas e veículo apropriado. Além disso, cargas frágeis precisam de embalagens reforçadas para o transporte.

Neste sentido, toda e qualquer mercadoria que precise de algum tratamento diferenciado, consequentemente, pagará mais caro no valor do frete.

Prazos de entregas diferenciados

Em relação aos prazos estabelecidos pela empresa, este depende do fluxo de produção e já está incluso no preço do frete. No entanto, quando há disponibilização de entregas com prazos diferenciados, esse é outro fator que interfere no valor cobrado, sobretudo porque o torna mais elevado. É importante salientar, que quando houver a necessidade de troca do modal, como o rodoviário pelo aéreo, por exemplo, também interfere no preço do frete, pois reduz significamente o tempo de entrega.

Pedágios e taxas específicas

Em todo serviço realizado no Brasil, são empregados custos referentes a impostos que visam cumprir com as obrigações legais. Assim sendo, no transporte de cargas isso é empregado por meio de pedágios e taxas específicas, os quais impactam nos valores dos fretes. Veja quais são as principais cobranças de impostos no setor:

Taxa de gerenciamento de risco (GRIS): percentual cobrado sobre o preço da nota fiscal, tendo como objetivo cobrir os custos relacionados à gestão de riscos;

Pedágios: seu preço muda de acordo com o trajeto que será percorrido para cada remessa. Além do mais, quando a carga é fragmentada, é possível dividir esse custo entre os produtos que são encaminhados;

Taxa de coleta e entrega: cobrança de despesas com deslocamento e demais atividades que ocorrem nos centros de distribuição;

Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS): cobrado para todas as operações relativas ao transporte intermunicipal e interestadual.

Imposto sobre serviços (ISS): imposto municipal cobrado pela prestação de serviços, realizados por companhias ou profissionais autônomos;

Taxa de restrição ao trânsito (TRT): para locais que têm algum tipo de restrição referente à circulação de veículos pesados ou atividades de carregamento ou descarga de produtos, sendo cobrado uma quantia adicional pelo transporte;

Estadia – compensação do valor do tempo de espera para carga e descarga, já previsto pela Lei da estadia, conforme a publicação nº 13.103/2015, que regulamenta não só a atividade de transporte, mas também a jornada de trabalho do motorista, e estabelece que após a quinta hora de atraso deve ser cobrado R$ 2,12 por tonelada/hora.


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